Malaquias: um alerta sobre o perigo da prática religiosa vazia e sem vida
Introdução
Malaquias é último livro do Antigo Testamento, seu nome significa “mensageiro
de Jeová”. Há estudiosos que acreditam ser um título e não o nome do profeta,
essa hipótese é muito improvável em função da linguagem do livro. O mais aceito
é que Malaquias tenha atuado entre 450 a 420 a.C. e que seja contemporâneo de Neemias.
Sua mensagem possui a ênfase no juízo, arrependimento e salvação.
1) Cenário do profeta Malaquias (contexto histórico)
O contexto da época se dava da seguinte maneira: 1) o templo já havia sido reconstruído, 2) Esdras já havia entregue novamente a Lei aos habitantes; 3) havia uma postura de esfriamento e distanciamento posterior a construção do templo, frieza que envolvia tanto os sacerdotes quanto o povo.
O povo havia se distanciado da fé verdadeira e passado a viver uma
liturgia mecânica, negligenciando as ofertas e os dízimos, entregando tudo sem
observar as exigências de Deus, cultuando sem temor, sem devoção, cumprindo
apenas uma obrigação litúrgica.
2) As ofertas contaminadas
O povo se distanciava de Deus, os sacerdotes negligenciavam o ofício para o qual foram consagrados, essas duas posturas se agravavam, haja visto que quanto mais os sacerdotes se furtavam ao ensino pior era a postura do povo, e quanto mais distante da fé o povo estava menor era a credibilidade dos sacerdotes. Nesse sentido podemos perceber que uma liderança negligente fará mal aos seus liderados, que por sua vez deixará de respeitar tal liderança.
Nesse contexto, as pessoas ofereciam animais enfermos ou defeituosos para Deus, ofertas que jamais seriam apresentadas a quem quer que fosse. A situação era grave a ponto de que as pessoas passaram a direcionar a Deus o mesmo desprezo que tinham pelos sacerdotes. Paralelo a isso os homens se divorciavam para se casarem com mulheres gentias, provavelmente mais jovens e belas, ou seja, era um total descaso pelo ensino de Deus.
Diante disso, o profeta os chama ao arrependimento mostrando os juízos
de Deus e encerra o livro apontando para o dia do Senhor como aquele que trará condenação
aos que desprezarem a Deus e redenção a todos que crerem em Deus. Essa é nossa
verdadeira esperança, a vida em Cristo Jesus: “...Cristo em vós, esperança da
glória;...” (Colossenses 1:27).
3) Malaquias para hoje (aplicação da mensagem do profeta na às nossas vidas)
A mensagem de Malaquias deve nos despertar para três pontos importantíssimos:
a) Estamos a caminho do céu: o profeta da grande ênfase no capítulo 4, versículo 2 ao dizer que “o sol da justiça nascerá” para os que temem ao Senhor. Vivemos em um mundo cada vez mais corrompido – afinal de contas os efeitos da queda continuam presentes e se agravam a cada geração – a cada dia as pessoas estão mais frias e sem a menor vontade de dar ouvidos a Palavra de Deus, se dizer crente, temente a Deus e fiel às escrituras é cada vez mais desconfortável, mas jamais podemos nos esquecer que Ele é Deus, somente ao Senhor devemos direcionar a nossa devoção.
b) Jamais devemos pensar que seria melhor não servir a Deus: por mais que pessoas incrédulas, ou mesmo blasfemas, tenham uma vida melhor que a nossa, isso não deve nos abalar, pois “de que vale ganhar o mundo e perder a nossa alma” (Marcos 8.36).
c) Sempre devemos cultuar a Deus com sinceridade: ir a igreja de maneira ritualística ou apenas cumprir obrigações sociais não tem o menor valor para Deus, falamos sobre isso quando comentamos o livro de Ageu. É necessária uma devoção verdadeira, sincera, um culto que coloque nossa vida diante de Deus, pois Ele é o nosso criador e redentor.
Conclusão
Assim podemos perceber que Deus sempre lutou pela nossa salvação, o
desejo do Senhor é nos salvar. O nosso Deus sempre vai nos mostrar onde erramos
e indicar as consequências de nossos erros, mas também sempre irá nos oferecer
o Seu maravilho e amoroso perdão.
Material de apoio referente a lição 13 da Revista Betel Dominical 3ª trimestre de 2023 destinado a auxiliar professores e alunos da EBD da IEADMG.
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