Vida conjugal - espelho do relacionamento de Cristo e a Igreja

 


INTRODUÇÃO

Na modernidade o casamento se tornou um mero contrato, contudo não é assim que Deus o estabelece. Nessa lição o comentarista vai nos levar a consciência de que o casamento é uma instituição divina e deve ser vivido como uma manifestação da autoridade de Deus e do relacionamento entre Cristo e a Igreja, pois é esse o padrão apresentado pelo Apóstolo Paulo na carta aos efésios.

O MODELO A SER SEGUIDO - UM MÚTUA SUJEIÇÃO

Como já dito, Deus estabeleceu a família, portanto o modelo de família é descrito na Palavra de Deus, não podendo ser alterado ou negligenciado. Nesse sentido há princípios que precisam ser seguidos para que o lar seja abençoado por Deus.

Primeiramente o relacionamento conjugal deve ter a ação de Cristo em relação a Igreja como modelo. Essa percepção precisa nos conduzir ao entendimento de que o casamento é muito mais que uma manifestação cultural, é um chamado para servir a Deus, pois no casamento mostramos às pessoas a nossa volta que somos servos de Deus ao obedecemos ao Senhor Jesus em nossa conduta como maridos, esposas e filhos.

O marido deve tratar a esposa como Cristo trata a igreja, governando em amor e se entregando por ela, os filhos devem ser obedientes aos pais, assim como Jesus obedeceu a Deus Pai e a esposa deve respeitar o marido, se submetendo a ele, da mesma forma que a Igreja verdadeira se submete a Cristo.

Mas cuidado, a submissão da esposa está claramente condicionada a vida cristã do marido, pois claramente Paulo diz que a mulher não fica sujeita ao marido não crente que a abandona, contudo se ele consente em viver com ela, o casamento deve ser preservado. Obviamente esse consentir em viver junto deve implicar no respeito e amor, um homem que agride a esposa ou não a respeita quebra totalmente esses princípios.

Portanto o amor sacrificial (do grego "ágape") é o princípio maior para pensarmos e vivermos em matrimônio, não deve ser diminuído e precisa ser compreendido em toda a sua profundidade, percebendo que amor aqui é a entrega, é o sacrifício pelo bem estar do outro. Assim como Jesus cuida da Igreja como sendo seu próprio corpo, nós maridos devemos cuidar de nossas esposas como sendo nós mesmos, afinal isso é ser uma só carne.

Por fim é importante lembrar o ensino do Apóstolo Paulo no versículo 21 do capítulo 5 da carta aos efésios, em que ele diz que devemos nos sujeitar uns aos outros; é comum pensar esse versículo como ensino para a igreja, contudo nossa vida cristã começa em nossos lares, se eu não consigo me sujeitar ao meu cônjuge, jamais serei capaz de me sujeitar aos irmãos e muito menos ao pastor, essa sujeição diz respeito ao homem e a mulher, o homem ao exercer o amor se sujeita a sua esposa em certa medida. Logo a mulher não tem dificuldade de se sujeitar a um marido que a ama pois há uma sujeição mútua.


A FAMÍLIA E A IGREJA - INSTITUIÇÕES DIVINAS

Um segundo ponto importante nessa lição é entender que tanto a Igreja, como a família são instituídas por Deus, logo não são formações culturais, jurídicas, sociais, e muito menos estatais. É um projeto de Deus para o ser humano, pois é na família e na igreja que verdadeiramente servimos a Deus; primeiro servindo ao nosso cônjuge e filhos para despois servir aos nossos irmãos na fé.

Nesse sentido é preciso destacar a verdade de que a Igreja é composta por famílias, sendo assim uma Igreja forte e saudável é aquele constituída por famílias saudáveis que vivem a Palavra de Deus. Portanto a Igreja deve servir a família para que a família possa servir a Igreja. Por essa razão o trabalho com as famílias é tão importante.

Ainda nessa relação é preciso lembrar sobre os ataques que a família vem sofrendo na cultura moderna. Em todos os níveis e em todas as esferas sociais a família é atacada. Nossas crianças são incentivadas a desprezarem seus pais e irmãos em função de ideologias, a vida em família é alvo de críticas e deboches, a mulher que opta por ser mãe é criticada por diversas razões... Diante disso é fundamental que a Igreja trabalhe junto às famílias para mostrar como se defender de tais ataques.

Essa defesa não será outra que não o conhecimento da Palavra de Deus e da Lei divina. Cada membro da Igreja deve levar para dentro do seu lar a compreensão dos mandamentos de Deus para sua vida, seja como pai/marido, como mãe/esposa e como filho e irmão, pois em um lar onde um desses indivíduos não obedece a Deus certamente haverá sofrimento. E além do sofrimento, quando o lar não observa, vive e prega a Lei de Deus estará completamente vulnerável aos ataques e ensinos da cultura que nos rodeia.

VIDA DEVOCIONAL EM FAMÍLIA

Além do fato de que Igreja e família são instituições de Deus, que é preciso entender, viver e pregar a Lei de Deus, a família deve entender a necessidade de uma vida devocional. Na leitura da Bíblia, oração e louvor, tanto em sua casa de maneira privada, como junto a Igreja de maneira pública, pois só assim haverá edificação e crescimento de cada membro da família e um amor cada vez maior e mais sólido por Deus, isso levará a uma vida familiar cada vez mais sólida e uma busca e vivência do evangelho mais firme.

A Igreja e a família só irão prevalecer sobre o mundo a medida que seus membros buscarem a compreensão do mandamento de Deus. Que o Espírito Santo nos ensine a amar a Deus sobre todas as coisas e esse amor possa refletir em nossa conduta familiar e na Igreja.

Material de apoio referente a lição 4 da Revista Betel Dominical 1ª trimestre de 2024 destinado a auxiliar professores e alunos da EBD da IEADMG. Escrito pelo professor Marcelo Lucas

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